sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Violência e Caoos na Cidade Maravilhosa,

Não foi precisso muito tempo após a escolha da sede das Olimpiadas de 2016 para estourar na imprensa mundial o principal problema do Rio de Jnairo, o trafico de drogas atrelado a violência. Nas ultimas semanas a cidade assistiu senas dignas de filmes de guerra civil, tiroteio, explosões, incendios e muitas mortes. O desafio está lançado. Como o governo vai solucionar esse problema atré 2016?

SEGUE ABAIXO TEXTO COMPLETO DA REVISTA EPOCA EDIÇÃO DE 26 DE OUTUBRO DE 2009.

O Rio em guerra

O ataque de traficantes a um helicóptero da PM e o flagrante de policiais roubando mancham a imagem da cidade e impõem uma questão: por que o Brasil não vence a violência?

Depois de ter sido escolhido sede dos Jogos Olímpicos de 2016, o Rio de Janeiro viu desabar seu discurso de paz. A cidade do futuro, das oportunidades, da Copa do Mundo, aquela que sonha com a grande virada, virou manchete de guerra, no Brasil e no exterior. Pela primeira vez na história dos conflitos em favelas, traficantes derrubaram um helicóptero da PM: três policiais morreram carbonizados. Quase 40 pessoas foram mortas nas ruas. Ônibus foram queimados.


Na mesma semana, a PM, ocupada em vingar seus heróis, viu a cara podre de policiais corruptos. “Marginais, criminosos e vagabundos”, nas palavras duras do governador do Rio, Sérgio Cabral. Um capitão e um sargento foram flagrados por câmeras roubando um par de tênis e uma jaqueta vermelha, furtados por assaltantes. A vítima, o coordenador da ONG carioca AfroReggae, ainda agonizava dentro de um banco quando a patrulha passou. Os policiais liberaram os assaltantes e confiscaram o furto para uso próprio. As imagens da vergonha foram gravadas e exibidas.


O Brasil avança na área social, tem uma economia estável e ganha respeito internacional. Por que não tem o mesmo sucesso no combate à violência? O que se pode fazer já para pacificar o Rio? ÉPOCA fez um diagnóstico dos principais desafios, ouviu especialistas. Um artigo exclusivo de Hugo Acero, um dos responsáveis pela pacificação na Colômbia, alinhava soluções já conhecidas pelos governos federal e estadual.


Sonho de turistas, símbolo do país no exterior, o Rio é também o ícone de nossa incapacidade de enfrentar o narcotráfico armado. A derrubada do helicóptero, com a morte de PMs no exercício do dever, e a prisão de dois policiais que envergonham a corporação são duas faces do mesmo problema e ilustram nossos maiores obstáculos no combate à violência com resultados consistentes.


Quem comandou a invasão do morro e o ataque aos policiais com uma metralhadora antiaérea foi um traficante beneficiado pelo regime semiaberto – apesar de já ter fugido da cadeia uma vez. Para evitar essas fugas anunciadas (de cada dez presos no Rio, oito são reincidentes), nossa legislação será revisada. A revelação é do ministro da Justiça, Tarso Genro, em entrevista a ÉPOCA. O governo federal prepara o fim da progressão de regime para grandes traficantes e o aumento de penas por tráfico. O projeto será encaminhado ao Congresso até o mês que vem. “Sou a favor da ausência de qualquer liberalidade. Enquanto não houver uma modificação desse tipo não teremos um combate efetivo”, disse o ministro. Em contrapartida, o governo também quer que os considerados pequenos traficantes cumpram penas alternativas. “O pé de chinelo acaba indo para a cadeia e faz ‘pós-graduação’ lá dentro”, afirma o ministro.

No jogo dos sete erros que vieram à tona com o caos instalado na Zona Norte do Rio no fim de semana passado, estão:

• uma polícia mal equipada usando um helicóptero parcialmente blindado;

• a eterna divisão entre Polícia Civil e Polícia Militar;

• somente os oficiais vestiam fardas anti-chamas, porque não há verba para os praças – que morreram carbonizados;

• um setor de inteligência que não conseguiu convencer seus superiores de que a invasão era iminente;

• uma corporação tão ineficiente ou corrupta que fecha os olhos para a movimentação de 150 bandidos, que percorreram 17 quilômetros com fuzis pela cidade sem que nenhum policial fizesse uma abordagem;

• falta de controle nas fronteiras: armas de guerra, fuzis, metralhadoras antiaéreas entram no país com destino aos morros. Alguns têm alcance de 2 quilômetros (ver o infográfico da página 60);

• falta de integração entre forças estaduais e federais.


O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, alertou sobre a necessidade de Brasília assumir seu compromisso no combate ao narcotráfico. O maior rigor na concessão de benefícios aos presos é uma das medidas sugeridas pelos especialistas ouvidos por ÉPOCA. Uma série de medidas práticas que devem ser perseguidas, como a reforma do Código Penal, que é de 1941, quando nem sequer existiam os celulares na cadeia; a criação de uma polícia de ciclo completo, que investigue e atue na prevenção; e a melhora nas condições de trabalho dos policiais. Imagine uma empresa na qual os funcionários só aparecem para trabalhar a cada três dias. Quando estão no trabalho, eles devem ficar acordados 24 horas seguidas. A polícia é assim. “Como não tem dinheiro para pagar salários decentes, os Estados fazem essa escala para permitir que o policial tenha outro emprego”, diz o antropólogo Luiz Eduardo Soares, ex-secretário nacional de Segurança.


A invasão do Morro dos Macacos, na Zona Norte do Rio, foi uma das maiores já vistas na cidade para tomar o controle de uma favela. Cerca de 150 homens, armados com 80 fuzis e incontáveis pistolas, foram mobilizados pelo Comando Vermelho (CV). O local é dominado pela facção Amigos dos Amigos (ADA), principal rival do CV. A quadrilha se dividiu em dois grupos e percorreu 17 quilômetros para chegar ao Morro dos Macacos sem ser incomodada pela polícia. Pelo menos dois caminhões-baús (usados para mudanças), nove carros e dezenas de motocicletas foram usados para o transporte. O tiroteio começou às 21 horas da sexta-feira dia 16. A quadrilha rival ofereceu pouca resistência, pois tinha apenas 13 fuzis no arsenal.


A madrugada do sábado dia 17 foi de terror. “Ficamos no chão do quarto. As crianças, assustadas, queriam sair de casa”, disse uma jovem, que pegou alguns pertences e foi dormir na casa de parentes, longe dali. Três jovens – Marcelo, Leonardo e Francisco – voltavam para casa depois de uma festa. Foram cercados por bandidos e executados a tiros em plena rua. A polícia interveio ainda de madrugada, e o tiroteio seguiu até as 10 horas da manhã. Os rapazes vinham de uma festa à fantasia, mas os tiros eram reais.

“Meu sonho é que o Rio, em 2016, não tenha mais territórios ocupados”
SÉRGIO CABRAL, governador do Rio


Um bandido acertou tiros no helicóptero Fênix, da Polícia Militar, e a aeronave, em chamas, fez um pouso forçado em uma favela vizinha. Dos seis policiais que estavam no helicóptero, dois morreram na hora e um terceiro morreu dias depois, no hospital. A queda do helicóptero e a morte dos policiais estimulou um sentimento de vingança na corporação. O presidente do Clube de Cabos e Soldados da PM do Rio, Jorge Lobão, ofereceu R$ 2 mil de recompensa a quem der pistas sobre o autor dos disparos que derrubaram o helicóptero. Lobão deu o número do próprio celular para receber as denúncias. No início da semana, dezenas de favelas do Comando Vermelho foram ocupadas, na busca dos responsáveis pelos disparos que mataram três policiais. Nenhum dos principais acusados foi encontrado pela polícia. Até a quinta-feira, somadas a guerra entre traficantes e a operação policial, já eram quase 40 mortos.


“Em nenhum lugar do mundo polícia estadual é encarregada de combater narcotraficantes. Ainda mais traficantes com fuzis importados que entram por nossas fronteiras e nossos portos”, diz o secretário Beltrame. “É o Estado do Rio que está ajudando o governo federal em algo que é compromisso de Brasília”


As trancas que impedem a ação da polícia são maiores do que as que prendem os bandidos nas cadeias. Uma simples compra pode se transformar num emaranhado burocrático por causa das exigências da lei de licitação e da participação do Exército, que deve dar seu aval na aquisição de cada equipamento considerado de “guerra”. Desde junho deste ano o governo do Rio tenta, sem sucesso, comprar 40 cabines blindadas para os policiais. Uma disputa judicial entre as empresas que concorreram na licitação de R$ 7 milhões emperra a compra. Se não houver decisão até novembro, a verba não poderá ser usada, já que acaba o prazo para a execução do orçamento. O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse a ÉPOCA que o Estado do Rio teve de devolver R$ 20 milhões ao governo federal por não conseguir gastá-los por causa de situações como essas. “Nos últimos três anos, o governo federal investiu no Rio R$ 421 milhões na área de segurança. Infelizmente, nem todo o dinheiro pôde ser usado”, diz. Genro afirma que algumas regras não podem mudar, como a exigência dos pareceres do Exército. “Se permitirmos um ‘liberou geral’, vamos ter exércitos regionais.”


Segurança é um tema que tira muitos votos e raramente vence uma eleição. “No início do primeiro governo Lula, houve a ideia de criar uma Secretaria de Segurança com status de ministério”, diz o ex-secretário nacional de Segurança José Vicente Silva. “Lula foi convencido de que acabaria sendo cobrado diretamente pelas questões ligadas à segurança.” Ela permanece subordinada ao Ministério da Justiça. No primeiro ano de governo, Lula reduziu em um terço a estrutura da Secretaria Nacional de Segurança Pública. Cortou 33 cargos da pasta. No mesmo ano, foram criados 236 cargos na Secretaria Especial de Pesca. O Programa Nacional de Segurança Pública e Cidadania, principal ação do governo federal na área, porém, enfrenta críticas. “O Pronasci repassa recursos para prefeituras, que incluem programas de inclusão digital e bolsas de R$ 100 para ex-recrutas do Exército como combate à violência. Não existe uma definição clara do papel da Polícia Federal, por exemplo”, diz José Vicente.

Referencias e imagens: http://revistaepoca.globo.com/ pesquisado em 30/10/2009









quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Projeto Blog Cidadão


Ética e Cidadania são temas em alta no Brasil. Pelo menos em discussão, talvez não em prática. Contudo, são uma necessidade parra nossa sociedade, principalmente para nossos jovens. O grande desafio é como fazer com que os jovens despertem o interesse pela cidadania e guiem suas atitudes baseados em um padrão Ético.


A internet pode ser uma ferramenta para estimular a Cidadania em sala de aula. Não apenas como veículo de informação em tempo real, mas também como um espaço democrático onde os jovens, dentro da própria escola podem expressar suas opiniões e conhecer a opinião de outros jovens a respeito de questões cruciais para a sociedade brasileira.


Sites de relacionamentos como Orkut, Twitter, Face Book podem ajudar muito nisso, mas creio que os Blogs (moda entre políticos e famosos) são os meios mais fáceis para isso.


A partir dessa idéia, cada grupo de alunos deve criar um Blog, onde apresentaram suas idéias e debateram temas ligados a cidadania, sendo avaliado pela criatividade, produtividade e principalmente pela discussão com outros alunos e comentários deixados nos demais blogs.

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