segunda-feira, 28 de junho de 2010

O Iluminismo




Iluminismo movimento de caráter intelectual, cultural, político e artístico, que tem seu inicio por volta do século XVII na Europa.

O Iluminismo pode ser entendido como um avanço das idéias renascentista, ou melhor, um aprofundamento das idéias centrais do renascimento. O Homem Iluminista cada vês mais se liberta das correntes religiosas que prendiam seu pensamento, se tornando mais livre, e voltando o seu tempo para questões terrenas. Desta forma desenvolvesse o comercio mais aprofundado, surgindo assim à classe Burguesa, preocupada sobre tudo com a liberdade de comercio, e a acumulação de lucros. Pratica esse que era condenada pela igreja católica, forçando o homem iluminista a se livrar da igreja. No plano político, o governo absolutista aparecia como um obstáculo para a recém surgida classe Burguesa, sendo que esse se colocava como soberano dentre as relações comerciais, surgindo assim a necessidade de um novo sistema Político, paltado na “liberdade” a Democracia (Revolução Francesa).

Na Filosofia Iluminista, destacavam-se as reflexões sobre a política e a sociedade, nomes como os de Jean Jaques Rousseau ganhavam destaque com textos que falavam sobre injustiça social e liberdade, e principalmente pregavam a igualdade entre os homens. A grande diferença entre o pensamento renascentista e o iluminista é que os iluministas conseguiram colocar em pratica algumas coisas que idealizaram. O nome Filosofia Social era dado, justamente pela inexistência do nome “sociologia”, que aparecera anos mais tarde com a obra de Auguste Comte.

O iluminismo foi um período central para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia. O iluminismo desenvolveu o no homem a vontade de conhecer, os progressos científicos acarretaram na intensificação da produção industrial, e conseqüentemente na melhoria do nível de vida das pessoas, sendo que essas precisariam viver mais e melhor tendo desta forma condições de trabalharem nas fabricas, e também condições de poderem consumir por mais tempo. O progresso cientifico, bem como, o novo ideal de liberdade acarretaram em dos momentos importante para a sociologia e sociedade ocidental: A Revolução Francesa 1789, e a Revolução Industrial 1800.

  1. Curiosidade: O nome Iluminismo foi dado, justamente por esse movimento se opor a escuridão da idade média, também é comum se referir ao iluminismo usando a termologia “século das luzes”.
  2. Características: A crença básica do iluminismo, era na razão e na ciência como único caminho para emancipação humana.
  3. O novo Homem Iluminista, se preocupava cada vês mais com questões ligadas a vida cotidiana, e despreocupado com questões religiosas, pode desenvolver as relações comerciais.
  4. Para o homem Iluminista, as relações comerciais estavam paltadas no lucro e acumulação de capital, de modo que se deveria cobrar por um produto, tudo aquilo que o outro pudesse pagar.
  5. O desenvolvimento cientifico era importante para intensificar a produção industrial, e melhor as condições de vida, de modo que as pessoas pudessem trabalha e consumir mais.
  6. A necessidade de uma organização política que respeita se a liberdade de comercio e de expansão do poder da classe burguesa, se tornou cada vês mais urgente. Daí decorre o nascimento do estado moderno, e mesmo da “democracia moderna”
  7. Filosofia social estava preocupada com questões como a igualdade entre os homens e a liberdade. Esse nome foi dado pq não havia ainda a palavra sociologia.
  8. Para os iluministas desenvolve-se um novo conceito de riqueza, que não estava mais ligada a terra. Mas sim ao trabalho (transformação da natureza), desta forma o homem rico era aquele que possuía os recursos de produção.
  9. As transformações ocorridas durante o Iluminismo acarretaram no que hoje conhecemos como revolução Industrial e revolução Francesa.


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terça-feira, 1 de junho de 2010

A Negritude dos Europeus.

Este texto é de autoria do médico Drauzio Varella. Publicado originalmente na Revista Carta Capital.



Nossos ancestrais europeus foram negros durante dezenas de milhares de anos. Essa hipótese foi formulada 30 anos atrás por um dos maiores geneticistas do século XX, Luca Cavalli-Sforza, depois de conduzir estudos genéticos em centenas de grupos étnicos ao redor do mundo.

Para enunciá-la, Cavalli-Sforza partiu de evidências genéticas e paleontológicas sugestivas de que nossos ancestrais devem ter chegado ao Norte da Europa há cerca de 40 mil anos, depois de passar 5 milhões de anos no berço africano.

Esses primeiros imigrantes eram nômades, caçadores, coletores, pescadores e pastores que se alimentavam predominantemente de carne. Dessa fonte, os primeiros europeus absorviam a vitamina D, imprescindível para a absorção de cálcio no intestino e a boa formação dos ossos.

Nos últimos 6 mil anos, quando a agricultura se disseminou pelo continente, fixou o homem à terra e criou a possibilidade de estocar alimentos, a dieta européia sofreu mudanças radicais. A adoção de uma dieta mais vegetariana trouxe vantagens nutricionais, menor dependência da imprevisibilidade da caça e da pesca, aumentou a probabilidade de sobrevivência da prole, mas reduziu o acesso às fontes naturais de vitamina D.

Para garantir que o metabolismo de cálcio continuasse a suprir as exigências do esqueleto, surgiu a necessidade de produzir vitamina D por meio de um mecanismo alternativo: a síntese na pele mediada pela absorção das radiações ultravioleta da luz solar.


De um lado, a pele negra incapaz de absorver os raios ultravioleta na intensidade que o faz a pele branca; de outro, as baixas temperaturas características do Norte da Europa, que obrigaram os recém-saídos da África tropical a usar roupas que deixavam expostas apenas as mãos e o rosto, criaram forças seletivas para privilegiar mulheres e homens de pele mais clara.

Num mundo de gente agasalhada dos pés à cabeça, iluminado por raios solares anêmicos, levaram vantagem na seleção natural os europeus portadores de genes que lhes conferiam concentrações mais baixas de melanina na pele.

As previsões de Cavalli-Sforza enunciadas numa época em que a genética não dispunha das ferramentas atuais, acabam de ser confirmadas por uma série de pesquisas.

No ano passado, ocorreu o maior avanço nessa área: a descoberta de que um gene, batizado de SLC24A5, talvez fosse o responsável pelo aparecimento da pele branca dos europeus, mas não dos asiáticos.

Em outubro de 2005, o grupo de Keith Cheng, da Pennsylvania State University, publicou na revista Science um estudo demonstrando que existem duas variantes desse gene (dois alelos). Dos 120 europeus estudados, 98% apresentavam um dos alelos, enquanto o outro alelo estava presente em praticamente todos os africanos e asiáticos avaliados.

Trabalhos posteriores procuraram elucidar em que época essa mutação genética teria emergido entre os europeus.

Com emprego de técnicas de seqüenciamento de DNA, o gene SLC24A5 foi pesquisado em 41 europeus, africanos, asiáticos e indígenas americanos.

Pelo cálculo do número e da periodicidade com que ocorrem as mutações, os autores determinaram que os alelos responsáveis pelo clareamento da pele foram fixados nas populações européias há 18 mil anos.

No entanto, como a margem de erro nessas estimativas é grande, os autores também seqüenciaram outros genes localizados em áreas próximas do genoma. Esse refinamento da técnica permitiu estimar o aparecimento da cor branca da pele européia num período que vai de 6 mil a 12 mil anos.