sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

TRISTE MÊS DE DEZEMBRO

O mês de dezembro é sempre algo frustante para mim. Embora o ano esteja acabando as festas de final de ano se aproximando, incomodação e ansiedade com a distribuição de presentes e tudo mais. Contudo é um mês conturbado, provas finais na escola, conselhos de classe e os trabalhos da faculdade e muita, mais muita, dor de cabeça. Há quem diga que no final do ano os professores ficam todos malucos, por deus isso é verdade.

Porém no meio de tanta euforia, algumas coisas de bom tendem a acontecer. Apesar de não ser aprovado na seleção do mestrado, esse mês culturalmente me foi bastante útil, devido a duas aquisições fantásticas:

Naufrago da utopia, viver e morrer na guerrilha aos 18 anos,

Vagabundos Iluminados de Jack Kerouac.

" faculdades não passam de uma escola que dá lustro a falta de identidade da classe média que hanitualmente encontra sua expressão perfeita às margens do campus em fileras de cassas abastadas com gramados e um aparelho de televisão na sala e todo mundo olhando para a mesma coisa e pensando a mesma coisa e ao mesmo tempo enquanto os Jhapy's do mundo saem a deriva no mato para ouvir a voz que grita na floresta, para achar o êxtase das estrelas, para descobrir o segredo obscuro e misterioso da origem da civilização sem rosto, que não se maravilha e vive de resaca". (Kerouack, 2007 pp 42).

FANTASTICO!

domingo, 14 de dezembro de 2008

Convite....

Quem lembra de janeiro desse ano? Eu não lembro muito bem. Uma grande festa, muitos amigos, muita cerveja e até mesmo alguma coisa para comer.... Essa foi a festa comemorativa do meu niver. Não teve quem não chapo o cabeção.

É poseh, foi de fuder mesmo. E no próximo mês de janeiro tem de novo. Todos que acessarem esse texto, estão convidados, e mais os outros amigos, todos serão bem vindos!

Local: Minha casa.

Horário: Qualquer hora depois do almoço.

O que levar: Os amigos mais íntimos colaboraram com uma pequena doação de 10 reais para reverter em cerveja, os demais amigos podem aparecer com uma caixinha de gelada, aí faremos o milagre da multiplicação da cerveja.

OBS: Muiito importante, trazer uma roupa leve, e um tênis de corrida para quem quiser participar da 2ª Marabebe de Rio do Sul.

Espero a presença de todos.

maiores informações: seagalsociais@brturbo.com.br ou msn: seagal_furb@hotmail.com ainda pelo número: 8823-7030

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Repassando (muito bom)

Só para esclarecer a crise!

Texto do Neto, diretor de criação e sócio da Bullet, sobre a crise mundial, extraído do blog do Aderbal Machado

"Vou fazer um slideshow para você. Está preparado?

É comum, você já viu essas imagens antes.
Quem sabe até já se acostumou com elas.
Começa com aquelas crianças famintas da África.
Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele.
Aquelas com moscas nos olhos.
Os slides se sucedem.
Êxodos de populações inteiras.
Gente faminta.
Gente pobre.
Gente sem futuro.
Durante décadas, vimos essas imagens.
No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto.
Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados.
São imagens de miséria que comovem.
São imagens que criam plataformas de governo.
Criam ONGs.
Criam entidades.
Criam movimentos sociais.
A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em Bogotá sensibiliza.
Ano após ano, discutiu-se o que fazer.
Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que sesucederam nas nações mais poderosas do planeta.
Dizem que 40 bilhões de dólares seriam necessários para resolver oproblema da fome no mundo.
Resolver, capicce? Extinguir.
Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, em nenhum canto do planeta.
Não sei como calcularam este número.
Mas digamos que esteja subestimado.
Digamos que seja o dobro. Ou o triplo.
Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo.
Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse.
Não houve documentário, ong, lobby ou pressão que resolvesse.
Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da cartola 2,2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1,5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia."

Como uma pessoa comentou, é uma pena que esse texto só esteja em blogs e não na mídia de massa, essa mesma que sabe muito bem dar tapa e afagar.
Se quiser, repasse, se não, o que importa? O nosso almoço tá garantido mesmo...

'O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem caráter, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons." [Martin Luther King]

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

1968 o ano que não acabou....

Esse sem dúvida é um título sugestivo e atraente para quem viveu nos anos de 1960 no Brasil, e assistiu as ondas revolucionárias que pararam o mundo nessa década.

Embora não se fale muito sobre isso nos dias de hoje, é fato que para quem viveu atentamente essa época, a esperança era a palavra chave. O que maus levaria pessoas normais a suportar a tortura, a falta de liberdade entre outras atrocidades se não a esperança. É claro que esperança é um termo bastante abrangente e talvez até mesmo ambíguo, contudo, uso essa palavra para me referir ao sentimento de que algo possa melhor, ao sentimento de se tornar dono do futuro, ou melhor nas palavras de José Dirceu, ser o futuro.

Ser o futuro, significa entre outras coisas ter a capacidade de construir seu futuro a partir de seus ideais e pontos de vistas. E era por isso que os jovens da década de 1960 do século passado saíram as ruas no Brasil e no mundo. Muitas vezes ode ser que seus sonhos não sejam os nossos, passaram-se mais de 40 anos e a sociedade mudou, com ela nossas aspirações em relação ao futuro. Mas que os eventos dos anos 1960 nos sirvam de lição, no sentido de não ficarmos acomodados esperando que nossos sonhos venham até nós, mas sim que corramos atras deles, assim como fizeram os jovens daquela geração.

Para aqueles que insistem em dizer que 1968 foi um fracasso, que poucas coisas mudaram a partir desse ano, ou mesmo que esses jovens fracassaram em seus ideais, vou lembrar uma frase escrita por um pensador brasileiro:

"E vocês, que virão na crista das ondas em que nos afogamos, ao criticarem nossas fraquezas, pensem também nos tempos sombrios de que tiveram a sorte de escapar". ( Bertolt Brecht).

uma música (...)

For What It's Worth

The Buffalo Springfield

Alguma coisa esta acontecendo aqui.
O que isto é, não esta claro.
Ali tem um homem com uma arma.
Me dizendo que tenho de estar alerta.

Eu acho é hora de pararmos.
Crianças, que som é aquele?
Todos olham oque esta acontecendo.

A linha de batalha esta desenhada.
Ninguem esta certo se todos estiverem errados.
Jovens falando em suas mentes.
Eu tenho muita resistência por de traz.

Eu acho é hora de pararmos.
Hey, que som é aquele?
Todos olham oque esta acontecendo.

Que dia no campo para o calor.
Mil pessoas na estrada
Cantando sons e carregando avisos
A maioria dizendo quem ficara do nosso lado.

É tempo de pararmos.
Hey, que som é aquele?
Todos olham oque esta acontecendo.

A paranóia golpeia profundamente.
Em sua vida rastejará.
Isto começa quando você esta sempre com medo.
Saia fora da linha, o homem vem e lhe levará.

É melhor você para.
Hey, que som é aquele?
Todos olham oque esta acontecendo..

É melhor você para.
Hey, que som é aquele?
Todos olham oque esta acontecendo..

É melhor você para.
Agora, que som é aquele?
Todos olham oque esta acontecendo..

É melhor você para.
Crianças, que som é aquele?
Todos olham oque esta acontecendo...



domingo, 9 de novembro de 2008

Eu vou no ritimno da vida....

Relaxadamente atualizado....

Como no momento não tenho nada par escrever, vou publicar um vídeo e deixar uma pergunta:

Tem coisa melhor do que viajar com os amigos e deixar todo o resto de lado?







domingo, 5 de outubro de 2008

Ao amigo Zé!

Com muita felicidade mesmo gostaria de agradecer do fundo do coração a todos os amigos, companheiros, jovens, adultos e idosos que nos ajudaram nessa campanha. Juntos enfrentamos momentos ruins, provocações. Há os que diziam que não seriamos capazes, não tínhamos força.
A cada diz Zé mostramos que estávamos vivos, mais e mais amigos declaravam seu apoio, muitas pessoas jovens que ainda não votam me procuraram pra dar aquela força. A ultima carreata nos mostrou isso, mesmo com muita chuva não faltaram amigos por lá.

E agora sabemos que valeu a pena cada momento, cada voto batalhado na humildade, o respeito dedicado a todos os concorrentes e principalmente a todos os eleitores. Cada lágrima de felicidade que escorreu no rosto dos amigos essa tarde nos mostrou isso.

De agora em diante começaremos uma nova fase. Não será nada fácil, sabemos disso. Mas com o apoio dos amigos que conquistamos ao longo dessa campanha tenho certeza que você poderá ser o melhor vereador dessa cidade, e ai quem sabe o que o futuro nos reserva.

Parabéns meu amigo - Juventude e Transparência Já!

Acompanhe o resultado das eleições de Rio do Sul : http://www.estadao.com.br/nacional/eleicoes2008/apuracao/apuracao.php?estado=sc&cidade=82910&tipo=prefeito&cache_em=20081005224352&

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Sobre o processo eleitoral

Conforme se aproxima as eleições municipais, a calma está se afastando de nossa cidade. Surgem os escândalos políticos, as denuncias de compra de voto e as carretas começam a cortar as cidades. De um lado da rua os eleitores mais apaixonados gritam o nome de um candidato, enquanto do outro lado, grita-se o nome do candidato concorrente. Há quem diga que isso é normal, e comum em épocas de eleições. No entanto, nota-se um ponto polêmico em relação à participação do rio-sulense nessas eleições. Por um lado nota-se crescente desgosto em relação às eleições municipais, tanto em relação aos candidatos a prefeitura, quanto às concorrentes há uma vaga no legislativo municipal. Por outro, temos um grande número de candidatos e um eleitor cada vez mais exigente.

Os motivos para isso são vários. Entre eles podemos destacar a aversão que toma conta do povo brasileiro em relação aos políticos, sobre o falso pretexto de que político são todos corruptos. No entanto sejamos cautelosos a fazer tal afirmação, pois não se trata de um fenômeno exclusivamente de Rio do Sul. Outro fator é o vazio intelectual que toma conta do debate político. A ausência de idéias e projetos políticos que despertem o interesse do eleitor, atrelado a péssima apresentação de alguns candidatos coloca em xeque a credibilidade das eleições entre os eleitores mais indecisos. Paralelo a isso, existe o velho habito de simplesmente não se interessar e não querer discutir política.

Por outro lado como cientista social não posso deixar de chamar a atenção para uma possibilidade um tanto remota. Há de que o eleitor rio-sulense tenha tido certa tomada de consciência e esteja ao seu modo realizando sua cidadania. Dito de outra forma, o eleitor de nossa cidade não é atraído facilmente por propostas fúteis, não troca mais seu voto pro promessas de pavimentação de rua, muito menos por churrascadas regadas a cervejas e distribuição de tanques de gasolina. Praticas essas que até eleições passadas se faziam bastantes comuns em nossa cidade. Prova disso temos o grande número de candidatos a disputarem uma vaga na câmara de vereadores, muitos deles participando pela primeira vez de uma eleição.

Seja como for, os candidatos que realmente queiram entrar na prefeitura em janeiro de 2009, precisam se mostrar qualificados, com boas idéias, boa aparência e principalmente uma ficha limpa, pois a internet está aí, como um instrumento de auxilio para que os eleitores mais conscientes pesquisem informações importantes sobre os futuros governantes de nossa cidade antes de tomar sua decisão. Pois Cidadania é isso, o exercício de conhecer a realidade social e política que nos cerca e a capacidade de interferir nela e transforma - lá, sendo que o voto é o instrumento mais útil para esse exercício.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Sobre voltas e voltas e voltas e...

Quantas coisas que realmente merecem sua atenção do dia a dia? O que realmente vale a pena ser feito nessa manhã? Já pararam para fazer essas perguntas? mas não digo de uma forma sorrateira, mas realmente fazer uma reflexão a cerca desses temas.

Sinceramente sugiro que não façam. Certos questionamentos podem levar as pessoas a lugares que elas realmente não queiram chegar. A colocar em dúvida o sentido de todas as coisas que julgavam ser corretas.

E é nesse momento que entramos no individualismo exacerbado e talvez até mórbido. Perceber que fazer algo para os outros é sempre dar motivo para ser criticado e, que ser criticado muitas vezes por isso faz de você um baite de um otário.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Rapidinhas do ENEM

Bom povo, como vocês já sabem a prova do Enem não costuma pegar as noticias mais quentes do ano ao invés disso eles preferem trabalhar em cima de conceitos, de temas que estão em alta no momento.

Nesse sentido, podemos destacar 4 temas que estão em alta, com grandes possibilidades de serem explorados pelos redatores da prova. São os seguintes:

  • · Biocombustíveis e o papel deles na sociedade;
  • · A crise dos alimentos, a alta nos preços e os países que mais sofrem com sua escassez;
  • · Direitos humanos, com um olhar voltado a questão chinesa;
  • · Separatismo, principalmente ligados aos atuais conflitos entre Geórgia e Rússia, e a questão do Tibete em relação a China.

O que devemos saber sobre cada um deles;

Biocombustíveis; primeiramente é importante saber que não se trata de um assunto novo. No Brasil já vem se discutido isso dês dos anos de 1980, principalmente com a criação do Proálcool, programa que ficou esquecido por muitos anos e foi retomado recentemente pelo governo Lula. O Brasil vem se destacando com grande produtor dessa forma de combustível, bem como líder tecnológico no assunto. A extensão de nosso território e o clima propicio ao cultivo de algumas culturas facilitam o processo. Entre elas podemos destacar: cana-de-açúcar, Mamona, Soja, Dendê, Girassol entre outros.

Na década de 1990 quando entra em discussão a questão do desenvolvimento sustentável, os bicombustíveis despontaram com uma solução viável afim de regular as emissões de CO2 na atmosfera, cumprir o pacto de Kyoto, ainda por cima representar um elemento de desenvolvimento econômico e tecnológico para os países que os adotarem. Contudo, a idéia não foi bem aceita, sofrendo criticas e restrições das potencias petrolíferas e das grandes transnacionais do petróleo.

Atualmente a produção de biocombustível vem deixando de ser vista como um mocinho e passando a ser uma espécie de vilão na sociedade ocidental. Sofrendo duras acusações dos E.U.A, União Européia, ONU, Fmi e da FAO. Segundo essas entidades o avanço das lavouras de biocombustível cresce na medida em que as lavouras de alimento diminuem no mundo, sobre tudo no Brasil. O Governo brasileiro se defende das acusações dizendo que nossas lavouras de biocombustível crescem por áreas improdutivas de clima semi árido como é o caso da cultura da cana-de-açúcar.

A crise dos alimentos: No mês passado o mundo assistiu atento a uma série de revoltas populares ocasionadas pelo aumento no preço dos alimentos. Tal aumento foi provocado por um fator bastante simples, a ausência de mercadoria. Entre os pais que apresentaram as piores ondas de revolta, podemos destacar: México e Argentina na América, Marrocos, Mauritânia, Senegal, Guiné, Costa do Marfim, Camarões, Moçambique e Egito na África, Lêmen no Oriente Médio e por ultimo Bangladesh, Uzbequistão, Indonésia e Mongólia na Ásia.

O Brasil passou ileso a essa crise graças às medidas preventivas do governo, como a suspensão de exportações de gêneros alimentícios, assim como fizeram outros países como a China e o Vietnã. Contudo é importante buscar uma resposta para os motivos que levaram o mundo a essa crise.

Para entendermos melhor, é importante saber que esse tema está diretamente ligado ao primeiro. Para muitos analistas a crise nos alimentos está diretamente ligada a produção de Biocombustíveis, na medida em que um países como os Estados Unidos está direcionando parte da produção de grãos como a Soja e principalmente o Milho para a produção de combustíveis, em especial o álcool. Enquanto no Brasil antigas plantações de alimentos como feijão e o arroz estão dando lugar a plantações de cana-de-açúcar pelo mesmo motivo.

Contudo para alguns especialistas colocar a culpa no biodiesel é tampar o sol com a peneira. Para o Prfª José Maria Silveira da UNICAMP, temos que considerar outros fatores como a entrada no mercado consumidor cerca de 500 milhões de pessoas oriundas da Índia e da China que desviaram o fluxo de alimentos no mundo, bem como o protecionismo do mercado estadunidense e europeu aos produtos do terceiro mundo, além da falta de desenvolvimento tecnológico das atividades agrícolas. Por ultimo temos também a tendência dos pais de primeiro mundo produzirem apenas produtos agrícolas de luxo, como vinhos e cereais em lugar de alimentos.

Papel do Brasil: o Brasil exerce um papel de destaque nesse cenário, por ser a única das grandes potencias agrícolas (China, E.U.A, Índia, Rússia e França) a possuir terras agricultáveis que ainda não foram exploradas. Terras que não precisam avançar sobre a floresta Amazônia ou atlântica, tratando-se de áreas de pecuária improdutivas. Contudo, para isso precisamos de governos inteligentes.

Os próximos dois temas acompanhem nos links postados ao lado da pagina.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Sobre o "Geitinho" brasileiro

Título sugestivo para algumas reflexões sobre os costumes mais populares da exuberante cultura brasileira. Ninguém sabe ao certo como ela começou. Vários são os teóricos que arriscam alguns palpites, entre eles destaco com todo carinho Gilberto Freyre, Gilberto velho, Raymundo Faoro entre outros. Perguntavam-se esses homens sobre as origens da cultura e do pensamento político do povo brasileiro. Entre várias teorias que surgiram, todos são unânimes ao dizer que o brasileiro é resultado da junção de vários povos, com uma cultura única caracterizada por um “geitinho” brasileiro.

“Geitinho” brasileiro que está presente em nosso dia-a-dia, na maneira como resolvemos nossos problemas e, sobretudo, como vemos o mundo ao nosso redor. Carregado de pragmatismo e muita simplicidade. É mais ou menos assim: “Se não tem ninguém vendo, ta valendo”, ou como diria o poeta “se não tem juiz, não existe jogada fora da lei. Também temos a péssima mania de reclamar de tudo, brasileiro é chato mesmo. Na hora de reclamar, todo mundo ergue a mão, mas na hora de ajudar, fazer melhor é quem mais pode se escapar. Ai fica assim, uma droga e todo mundo faz de conta que ta legal, é a tal da mediocridade.

Vejamos o exemplo. Brasileiro que é brasileiro fala mal de político. Está no sangue. Na maioria das vezes, com razão é claro. Até por que a corrupção é cíclica, sistêmica e poucas vezes escapamos ilesos a ela. Mas como disse um amigo meu: “político não nasce do chão, vem da comunidade, das bases populares ou do alto empresariado”. Portanto, cabe a nós pensar se esses indivíduos tornam-se crápulas apenas quando assumem o poder, ou antes disso. Se me permitirem um palpite, creio que antes disso. Está no “geitinho” brasileiro ser corrupto ou corruptor, furando fila, aceitando propina, vendendo o voto, saindo sem pagar, furando o sinal, dirigindo bêbado, “colando”, copiando trabalho da internet e por ai vai. Seja como for, se quisermos uma melhora significativa em nosso país, temos que realizar algumas mudanças. Começando pela base, pela nossa cultura deixando esse “geitinho” brasileiro de lado.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Sobre como voltar no tempo.


O brasileiro tem a tendência de esquecer todas as coisas que nunca poderia. Querem um exemplo clássico ou um histórico sobre o que estou falando? Pois bem darei os dois. Começarei com o clássico. Reeleição do ex-presidente Fernando Collor de Melo, os vários mandatos de Maluf como prefeito ou deputado de São Paulo. Centenas de políticos acusados de corrupção, tráfico de influencia, e até mesmo acusações mais pesadas se reelegem o tempo todo e por todos os lugares do país.

Vamos ao histórico. No ano de 1964 tem inicio a parte mais podre da história brasileira. O Regime militar. Em 1968 com a decretação do AI-5 os direitos civis e a liberdade de expressão passaram a ser drasticamente violentados pelo governo. Qualquer pessoa poderia ser acusada de traição e ter sua prisão decretada. Paralelo a isso, sofremos com a censura. Chegou ao absurdo de que cada artista famoso seja músico ou poeta receber um dicionário que continha as expressões que não poderiam ser usadas nunca em uma obra artística. Toda produção intelectual ou artística passava pelo crivo dos militares que decidiam se poderia ser publicada ou não, após fazer algumas modificações é claro.

Hoje parece que estamos voltando a isso. A liberdade de expressão e o uso dos veículos comunicativos estão sendo restritos pelas autoridades. Sobre o falso pretexto de proteger o publico de propagandas eleitoreiras grosseiras. Não se pode falar de política e eleição na internet, não se pode fazer uso de mecanismos democráticos como blogs e sites de relacionamento para discutir política. Para, além disso, até mesmo um desfile de 07 de setembro, momento onde comemoramos o ponto máximo de ser viver em uma não livre sofrerá com a censura esse ano. Todos os participantes deveram apresentar o conteúdo de seu desfile aos organizadores com antecedência para poderem desfilar.

As atrocidades do governo militar, a censura de outras épocas, e a violação de nossos direitos são coisas que não podem jamais serem esquecidas. Pois se esquecermos disso, é possível que elas voltem a acontecer.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Sobre a Inversão do Futebol


Há muito tempo atrás no Brasil era assim: Bom jogadores aposentados iniciavam a carreira de treinador em clubes pequenos, conforme mostrassem sucesso , conquistassem títulos eram chamados ou contratados por clubes maiores, podendo chegar até mesmo na direção da seleção, que a muito tempo atrás era a melhor do mundo. O mesmo acontecia com os jogadores, começam de baixo em clubes pequenos, passavam para os grandes clubes nacionais, muitas vezes jogavam na Europa até chegarem na seleção brasileira, que como já disse costumava ser a melhor do mundo.

Já não vivemos mais nessa época. Hoje ex-jogadores já iniciam a Carrera de técnico a frente da seleção, sem ao menos ter ganhado um titulo se quer. Os jogadores devem mostrar um bom resultado na seleção brasileira para os dirigentes de clubes europeus saberem se devem contratar ou não. Está tudo invertido. Os grandes patrocinadores transnacionais é quem decide quem joga e quem fica no banco, até mesmo a hora da substituição é com eles.

Enquanto isso o povo brasileiro, amante do esperte, cheio de esperança, que não desiste nunca, para o trabalho, tranca as escolas, acorda de madrugada, perde dinheiro para ver o sonho de ser campeão olímpico ser jogado fora, para ver a copa do mundo ser jogada fora. E tudo isso por quê? Para atender interesses políticos de dirigentes retrógados, para dar lucro a grandes empresas transnacionais, ou para deixar mais algum jogador de 20 anos milionário? Seja o que for o interesse do brasileiro é abandonado, sucateado enquanto os perderes voltam para a Europa e ganham milhões em euros, o treinador continua como se nada tivesse acontecido.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Sobre "boca aberta" e inconvenientes.

É inconveniente morar em um país de 180 milhões de pessoas, onde a maioria delas é analfabeta ou semi analfabeta. È inconveniente morar em um país que manipula esses dados, e considera como alfabetizado o cidadão que escreve apenas o próprio nome. Mais sejamos realistas, o inconveniente não é a pessoa analfabeta e sim as relações de poder e dominação que asseguram que o mecanismo do analfabetismo perpasse séculos após a colonização.

É inconveniente morar em um país que se julga livre, enquanto se mantém acorrentados as mazelas do sistema internacional, seguindo normas e regras que o servem apenas para cada vez mais nos distanciar de um futuro promissor. Isso é partindo do pressuposto que coisas desse gênero ainda possam existir em nosso mundo. O fato é simples, é foda.

Foda é dar duro, acordar cedo, ler dezenas de livros, passar 5 anos na faculdade (se privada pior ainda) escrever textos preparar aulas, acreditando que o futuro do país passe diretamente por uma educação de qualidade e para todos. Sabendo que a maioria das escolas encontra-se sucateadas, sem materiais adequados, sem recursos audiovisuais.

Mais como nada é tão ruim que não possa piorar, as coisas pioram. Pioram quando a escola está inserida numa comunidade que não a valoriza, que não faz a sua parte. Simplesmente larga seus filhos a responsabilidade da escola e dos professores. O que por si só já é problemático torna-se pior quando o estudante não reconhece seu papel como estudante. Coisa típica de países sub desenvolvidos.

Agora o que de fato é inconveniente quando se mistura todos esses problemas enumerados acima com um Estado que é omisso. Um Estado que cria leis que legitimam a ação de pessoas mal intencionadas, criminosos de todas as espécies e para além disso, obriga a escola a aceitar todos os alunos que querem estudar. Opa! Errei desculpa, vamos tentar novamente. Obriga a escola a aceitar todas as pessoas, mesmo as que não querem estudar e vão para lá apenas para avacalhar. São os populares “boca aberta”.

O “boca aberta” é um aluno que não vem de um estrato social distinto, podendo ser das classes mais altas como das classes menos favorecidas. O que o distingue dos demais é a ausência de noção de futuro, ou o simples fato de querer ferrar com tudo. Esculhambando assim o trabalho da escola, com o desenvolvimento intelectual e cultural dos demais alunos e, (agora sim muito inconveniente) contribuindo com a permanência de políticos “boca abertas” no poder.

Mais uma eleição está chegando, novos políticos viram, dinossauros permaneceram, “bocas abertas” de todas as espécies estarão à solta. O que não muda vai ser a escola mesmo. E se a escola não mudar, o resto continuara como está. Está na hora da sociedade devolver o papel que a muito foi tirado da escola, e reconhecer que a educação não é um gesto de amor como queria Paulo Freire e outros pedagogos, mais sim um ato político, de responsabilidade e poder (empoderamento), que deve ser atribuído a pessoas que estejam interessados nisso, que valorizem o futuro e corram atrás dele. Mesmo por que a escola não pode ser encarada como uma prisão. Enquanto obrigarmos todos a permanecerem na escola, a educação brasileira só vai piorar. Escola é para pessoas responsáveis e não para “bocar aberta”.