quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Sobre o processo eleitoral

Conforme se aproxima as eleições municipais, a calma está se afastando de nossa cidade. Surgem os escândalos políticos, as denuncias de compra de voto e as carretas começam a cortar as cidades. De um lado da rua os eleitores mais apaixonados gritam o nome de um candidato, enquanto do outro lado, grita-se o nome do candidato concorrente. Há quem diga que isso é normal, e comum em épocas de eleições. No entanto, nota-se um ponto polêmico em relação à participação do rio-sulense nessas eleições. Por um lado nota-se crescente desgosto em relação às eleições municipais, tanto em relação aos candidatos a prefeitura, quanto às concorrentes há uma vaga no legislativo municipal. Por outro, temos um grande número de candidatos e um eleitor cada vez mais exigente.

Os motivos para isso são vários. Entre eles podemos destacar a aversão que toma conta do povo brasileiro em relação aos políticos, sobre o falso pretexto de que político são todos corruptos. No entanto sejamos cautelosos a fazer tal afirmação, pois não se trata de um fenômeno exclusivamente de Rio do Sul. Outro fator é o vazio intelectual que toma conta do debate político. A ausência de idéias e projetos políticos que despertem o interesse do eleitor, atrelado a péssima apresentação de alguns candidatos coloca em xeque a credibilidade das eleições entre os eleitores mais indecisos. Paralelo a isso, existe o velho habito de simplesmente não se interessar e não querer discutir política.

Por outro lado como cientista social não posso deixar de chamar a atenção para uma possibilidade um tanto remota. Há de que o eleitor rio-sulense tenha tido certa tomada de consciência e esteja ao seu modo realizando sua cidadania. Dito de outra forma, o eleitor de nossa cidade não é atraído facilmente por propostas fúteis, não troca mais seu voto pro promessas de pavimentação de rua, muito menos por churrascadas regadas a cervejas e distribuição de tanques de gasolina. Praticas essas que até eleições passadas se faziam bastantes comuns em nossa cidade. Prova disso temos o grande número de candidatos a disputarem uma vaga na câmara de vereadores, muitos deles participando pela primeira vez de uma eleição.

Seja como for, os candidatos que realmente queiram entrar na prefeitura em janeiro de 2009, precisam se mostrar qualificados, com boas idéias, boa aparência e principalmente uma ficha limpa, pois a internet está aí, como um instrumento de auxilio para que os eleitores mais conscientes pesquisem informações importantes sobre os futuros governantes de nossa cidade antes de tomar sua decisão. Pois Cidadania é isso, o exercício de conhecer a realidade social e política que nos cerca e a capacidade de interferir nela e transforma - lá, sendo que o voto é o instrumento mais útil para esse exercício.

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