quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Sobre o "Geitinho" brasileiro

Título sugestivo para algumas reflexões sobre os costumes mais populares da exuberante cultura brasileira. Ninguém sabe ao certo como ela começou. Vários são os teóricos que arriscam alguns palpites, entre eles destaco com todo carinho Gilberto Freyre, Gilberto velho, Raymundo Faoro entre outros. Perguntavam-se esses homens sobre as origens da cultura e do pensamento político do povo brasileiro. Entre várias teorias que surgiram, todos são unânimes ao dizer que o brasileiro é resultado da junção de vários povos, com uma cultura única caracterizada por um “geitinho” brasileiro.

“Geitinho” brasileiro que está presente em nosso dia-a-dia, na maneira como resolvemos nossos problemas e, sobretudo, como vemos o mundo ao nosso redor. Carregado de pragmatismo e muita simplicidade. É mais ou menos assim: “Se não tem ninguém vendo, ta valendo”, ou como diria o poeta “se não tem juiz, não existe jogada fora da lei. Também temos a péssima mania de reclamar de tudo, brasileiro é chato mesmo. Na hora de reclamar, todo mundo ergue a mão, mas na hora de ajudar, fazer melhor é quem mais pode se escapar. Ai fica assim, uma droga e todo mundo faz de conta que ta legal, é a tal da mediocridade.

Vejamos o exemplo. Brasileiro que é brasileiro fala mal de político. Está no sangue. Na maioria das vezes, com razão é claro. Até por que a corrupção é cíclica, sistêmica e poucas vezes escapamos ilesos a ela. Mas como disse um amigo meu: “político não nasce do chão, vem da comunidade, das bases populares ou do alto empresariado”. Portanto, cabe a nós pensar se esses indivíduos tornam-se crápulas apenas quando assumem o poder, ou antes disso. Se me permitirem um palpite, creio que antes disso. Está no “geitinho” brasileiro ser corrupto ou corruptor, furando fila, aceitando propina, vendendo o voto, saindo sem pagar, furando o sinal, dirigindo bêbado, “colando”, copiando trabalho da internet e por ai vai. Seja como for, se quisermos uma melhora significativa em nosso país, temos que realizar algumas mudanças. Começando pela base, pela nossa cultura deixando esse “geitinho” brasileiro de lado.

Um comentário:

Rolo disse...

De acordo!
Continue firme com o lance, brother!